Como
para todo filho planejado, o primeiro passo é procurar um médico, óbvio. E
assim o fizemos: todos os exames necessários, recomendações e um ponto
importante: eu tomava anticoncepcional desde muito cedo, sempre tive ovário
policístico, não poderia esperar que fosse rápido. Isso foi em dezembro de
2013. Conforme recomendação, tomei 3 meses de ácido fólico combinado com outro
método contraceptivo, só depois poderia “começar pra valer”. Só que, como somos
hoteleiros e estava próxima a Copa do Mundo no Brasil, precisamos tomar algumas
vacinas para poder nos preparar para a vinda de tantos estrangeiros. Com isso,
tivemos que esperar mais três meses. Sendo assim, em junho de 2014 começamos de
verdade as tentativas. Passada a Copa do Mundo, tirei alguns dias de férias e
fui até São Paulo pra pegar minha sobrinha e seguir para Porto Alegre para
finalmente conhecer meus sobrinhos gêmeos, Murilo e Miguel, que, naquela época,
estavam com um pouco mais de um ano de vida. Foi um descanso tão bom após um
período tão desafiador profissionalmente para a sua mamãe. Só não entendia como
é que eu podia sentir tanto sono. Não conseguia parar de dormir. Eu devia estar
mesmo exausta depois do furacão que foi a Copa...
Como
tudo que é bom dura pouco, retornei pra São Paulo pra deixar sua prima mais
velha, a Letícia. De lá retornei pra casa e no dia seguinte, a trabalhar.
Realmente
havia algo estranho acontecendo, não era possível sentir tanto sono, eu me via
durante várias vezes ao dia “pescando”. Passava o intervalo do almoço no
estacionamento, roncando dentro do carro. Até que cheguei ao ponto de não
aguentar mais e fazer o bendito teste de farmácia: a vontade era de fazer na
mesma hora, mas me segurei e fui pra casa. Falei pro seu pai que iria fazer o
teste no dia seguinte e não dormi a noite toda de tanta ansiedade.
Acordei
muito antes do horário devido e fui direto pro banheiro. Alguns segundos
depois, as duas listras me diziam claramente: SUA VIDA NUNCA MAIS SERÁ A
MESMA. Meu coração acelerou, minhas mãos tremiam, achei que ia ter um
troço. Chamei o seu pai, mal consegui pronunciar: “Parece que você vai mesmo ser papai de novo”. Com uma reação muito menos empolgada que a minha ele
murmurou da cama “Nossa, que legal”. Depois que ele acordou de verdade, e que o
horário era aceitável para se ligar para alguém, entramos em contato com minha
médica que na hora colocou um pedido de exame de sangue para um resultado
comprovatório. Extremamente ansiosos, fui diretamente para o laboratório e logo
depois fui trabalhar. Peguei o resultado do exame voltando para casa e, na
nossa cama, junto ao seu pai, confirmamos: Você estava a caminho! Mil pensamentos, alguns medos, mas muita alegria! E acho que aí a ficha do seu pai caiu de verdade.
Ownnn 🥰🥰🥰
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