segunda-feira, 28 de setembro de 2020

ANO 5 - O MAIS MALUCO DE TODOS

                Finalmente chegamos aos dias atuais. E que dias loucos são esses?!!

           É tanta coisa estranha que está acontecendo que acho que vou ter que dividir em tópicos, que ano mais maluco.

         Começamos bem animados, passeamos de férias em SP, vimos todos os familiares e voltamos para MT com gás e ânimo para arrasar! O ano prometia, as expectativas profissionais eram bem otimistas, eu já estava toda animada porque tudo indicava que conseguiria bater a meta do primeiro e segundo semestres.

               Em fevereiro começamos uma obra grande em casa, que só foi acabar em abril, no meio de toda a confusão. Mas valeu a pena todo o sacrifício, foi em boa hora, pois conseguimos enfrentar esse momento em um espaço muito mais confortável e funcional.

          Março começou com a palavra mais falada desse ano: Corona Vírus. Esse virus devastador já vinha circulando pelo mundo desde o começo do ano, mas quando chegou aqui no Brasil é que o drama começou, mas aqui em MT tudo ficou feio em março mesmo. No meio do mês suas aulas foram suspensas e eu acabei ficando sem saída, tive que ficar em casa. Aproveito para agradecer a empresa que trabalho por ter sido tão compreensiva e me apoiado nesse momento. Inicialmente me deram férias, ninguém sabia muito bem quanto tempo isso tudo ia durar. Depois acabei ficando em Home Office mesmo, por tempo indeterminado. Estamos em setembro e ainda não sabemos direito quando isso vai acabar. Seu pai continuou trabalhando normalmente, então ficamos você e eu juntas, 24 horas por dia.

         Os primeiros dias foram bem tensos: por conta do acompanhamento da finalização da obra – com direito a uns bons stress com o andamento mais lerdo que tartaruga. Imaginem ficar trancada em casa 24 por dia com a sua cozinha interditada, barulheira sem fim e móveis espalhados pelos quartos e sala. Achar uma xícara era quase uma caça ao tesouro. Seu pai perdeu a linha com o pedreiro e a bronca resolveu: em pouco mais de uma semana tudo começou a entrar nos eixos.

         Finalizada a obra, começou a euforia da arrumação: Eu queria tudo no seu devido lugar em tempo recorde, retomar minha vida organizada, por favor! Montagem de móveis, estantes, limpeza, organização, soluções, etc. Em menos de uma semana tudo também já estava na mais perfeita ordem.

 Seu aniversário chegou em abril e eu não tive outra opção senão fazer uma festinha em casa mesmo, só pra nós. Na verdade, a sua amiguinha Sophia, sua única parceira nesse período todo, estava presente. Foi feito tão na correria, os móveis ainda espalhados na sala, a cozinha interditada, puro improviso. O parabéns foi on line com toda a família e amigos conectados, uma bagunça enorme, ninguém entendia ninguém...rs Mas me admirou a sua alegria e satisfação. Chegou até a falar que no próximo ano vai querer que seja do mesmo jeito.



 Somente depois de tudo isso é que começamos mesmo a “sentir” a quarentena: experimentos culinários – que me renderam quase 6 kg a mais e a você 4 kg -, brincadeiras caseiras copiadas de vários perfis do Instagram, meditação e colocar as coisas em ordem. Eu realmente precisaria de um tempo desses para conseguir ordenar algumas coisas que estavam pendentes. Suas aulas on line começaram e também não deu muito certo por baixíssima adesão - praticamente só você - então começamos a receber os materiais gravados e tarefas pelo aplicativo. Funcionou melhor, assim eu conseguia me organizar dentro do meu tempo livre também.

          Mas aí chega a hora que o desespero começa a bater: notícias cada vez mais trágicas, falta de leitos nos hospitais, seu pai trabalhando... eu comecei a transformar a casa em uma área de isolamento, seu pai chegava e tinha que ser desinfectado, ir direto pro banho. As notícias continuavam piores, até que, em junho eu esgotei: tive uma crise de ansiedade horrível, uma falta de ar súbita, parecia que ir morrer. A pressão chegou a subir, mas o meu maior medo era que fosse hiperglicemia, já que sua avó era diabética. Corremos para o hospital, e você ficou com a Tia Erica (sempre quebrando o galho...rs) para evitarmos que você estivesse exposta a qualquer risco de contágio. Para minha sorte o hospital estava completamente vazio e fui atendida rapidamente. Graças a Deus a glicemia estava normal e a pressão estava começando a controlar. Me deram um “sossega leão” e voltei pra casa. Naquele dia eu decidi a não ver mais os noticiários e procurar me cercar de boas energias, ter bons pensamentos. Me desesperar não ia resolver o problema, mas jamais deixaria de me cuidar e cuidar da minha família. Estes cuidados permanecem até hoje, continuamos saindo somente para assuntos importantes (trabalho e saúde), sempre cuidando da higienização e utilizando máscara. É incrível ver como você se adaptou naturalmente, usa sem reclamar, parece ter consciência que se trata de proteção.

        Atualmente os números por aqui começaram a baixar e aos poucos as coisas vão retomando. Claro que não da mesma forma, mas aos poucos a vida precisa continuar. Eu permaneço trabalhando em casa e, graças a Deus, o movimento está aumentando bastante. Agradeço a você por ter compreendido o fato de eu passar praticamente o dia todo no escritório, vindo trazer água pra mim com aquele jeitinho fofo: “você já tomou água hoje, mãe?”. Tem dias que você parece não estar muito a fim de ficar sozinha com seus brinquedos, os cachorros e a TV, parece precisar mais de mim, e acaba ficando mau humorada. Eu fico também, é uma rotina muito louca ter que ficar trancada aqui dentro e passando a maior parte do tempo sozinha. As vezes eu sinto saudades de falar com um adulto...rs

 Mas me sinto privilegiada por poder estar com você tanto tempo, poder te proteger desse vírus que já destruiu tantas famílias... Antes eu reclamava que trabalhava muito e tinha pouco tempo pra você, agora eu estou com você todos os dias, e posso, junto com o trabalho, os afazeres domésticos e as aulas on line, te dar beijinhos, umas broncas, dar risadas e ver o quanto você é especial. Tenho certeza que você tá curtindo muito esses momentos aqui em casa e a adaptação quando for retomar as aulas vai ser bem desafiadora. Aliás, suas aulas retornaram essa semana, mas como estarei em home office até final de outubro, achamos melhor permanecer comigo em casa nesse primeiro momento.      

 Torço para que tudo isso passe logo e a gente possa finalmente voltar às nossas rotinas. Nunca mais será como antes, eu sei, mas sei que é necessário para você voltar para a escola, aprender mais coisas e ver seus amiguinhos.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

MEDO MATERNO

               Creio que seja correto dizer que quando nasce uma mãe também nasce um medo descontrolável pelos filhos. A máxima de que “o coração bate fora do peito” não poderia ser mais acertada. Desde que você foi concebida e eu soube da sua existência, nasceu um medo e uma preocupação maluca. A gente deixa de ser “Eu” e passa a ser “por você”. É um exercício MUITO difícil essa retomada, voltar a sermos nós mesmas e nos vermos como um indivíduo que precisa estar bem para cuidar de alguém.

               Não sei se antigamente esse medo era tão exagerado. Eu me lembro de brincar o dia inteiro na rua, minha mãe sempre de olho na janela, mas não havia pânico. Com a internet a gente fica sabendo de tanta coisa absurda que fazem com crianças que precisamos nos policiar para não colocarmos vocês dentro de uma bolha protetora. Eu sei que essas coisas já aconteciam antes, e a diferença é que agora a gente sabe o que aconteceu em um vilarejo na China com a velocidade de um clique. E esse bombardeio de atrocidades nos envenenam, quando dar um pouco mais de liberdade se torna algo aterrorizante para uma mãe. Em quem confiar, se hoje até mesmo os parentes mais próximos são capazes de maltratar, abusar – física e psicologicamente.

      Ao mesmo tempo, outra máxima vem como um soco no peito: “Criamos os filhos para o mundo”. Eu sei que não serei eterna na sua vida e que não vou conseguir te proteger 24 horas por dia, e preciso te ensinar a se defender de pessoas más. Mas é um desafio tão, mas tão grande! Ficamos confusos, assustados, amedrontados... Eu nem gosto de ver esse tipo de notícias, eu tento me afastar disso, parece que me contamina de um jeito que me faz perder o sono, passo dias pensando.

         Ser mãe é uma coisa linda, ver seu sorriso, te ver dormindo, ver sua evolução, sua independência é algo impossível de explicar, um amor que chega a doer de tão grande. E pensar que algo de mal pode te acontecer me faz suar frio e perder o ar. Por isso que decidi que você seria a única. Não consigo imaginar essa sensação em dobro, acho que iria surtar...rs

           Então, o que fazer diante de um dilema como esses? Eu peço a Deus o tempo todo que te proteja. Ele vai ser o seu companheiro durante toda a sua vida, o tempo todo. É Nele que confio a sua proteção quando não estou perto. E quando eu partir acalmarei meu coração em saber que você tem a melhor companhia do mundo.

            Mas, enquanto estiver por aqui, pode ter certeza que sempre vou ser a mãe leoa que a Dna. Cely foi pra mim. Sempre filha, tenha certeza disso, que sempre poderá contar comigo.

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Ano 4

       Nesse ano em que as coisas começaram a se estabilizar efetivamente, foi que finalmente começamos a sentir a calmaria e aproveitar mais do seu crescimento, a harmonia em casa retornando, o caos e o stress cada vez menos frequentes. Seus problemas com a garganta aos poucos foram ficando menos frequentes, o que contribuiu muito nesse processo.

             Você se mostrando cada vez mais interessada em aprender: ler, desenhar, colorir, recortar, significado das coisas... Seu vocabulário muitas vezes me assustou – com quem ela aprendeu essa palavra? E o mais curioso foi ver você colocando-as no contexto certinho. Sabemos que temos influência nisso, sempre te incentivamos a leitura, desde antes de 1 anos já assinava a Leiturinha, que mensalmente te manda livros lindos acompanhados de atividades lúdicas que com certeza contribuíram nesse seu interesse. Todas as vezes que chegava com o pacotinho característico, você desde bebezinha gritava: “Fitulinha chegou!”. Também nunca achei legal falar com a criança feito boba, distorcendo as palavras, sempre procurando pronunciar tudo corretamente, assim você também aprendia como deveria ser.

               Assim que você saiu da creche anterior, notamos em você um medo muito exagerado de barulhos: balões, fogos, aspirador, buzina... qualquer som mais alto te incomodava muito e vimos que aquilo não era normal. Houveram ocasiões que seu medo te impediu de ir a festas pelo simples fato de serem decoradas com balões. Conversei com o pediatra e ele concordou que era um medo exagerado para dizer que “logo passa” e recomendou um acompanhamento psicológico. Logo marcamos a sua primeira consulta e demos uma sorte tão grande com a profissional que te atendeu que não poderia ter sido de forma melhor. Ela é delicada, amorosa, inteligente e soube identificar muito rapidamente a origem dos seus medos, e de quebra ainda nos deu dicas valiosas para “driblar” esse seu temperamento difícil... Sem contar no tanto que você gostou dela, sempre que falava que ia ver a tia Rafa você ficava eufórica! Foi quase um ano de tratamento e o resultado logo apareceu. Hoje você não curte mais também não se incomoda mais.

               Como seu vovô faleceu quando você tinha 2 anos, você ainda não tinha um entendimento sobre a perda de alguém. Até hoje ainda comenta que tem saudades, se lembra dele, mas foi no ano seguinte que tomou um pouco mais de consciência disso quando perdemos a Ritinha, nossa cachorrinha de 21 anos que quase não te dava bola, mas que você conviveu desde bebezinha, então foi de certa forma uma situação triste para você: chorou algumas vezes, perguntou sobre onde ela estaria, mas com certeza nessa ocasião percebeu que os animais, as pessoas, não vivem para sempre e que uma hora precisamos nos despedir. Cabe a nós estarmos do seu lado para te consolar e esclarecer que é um ciclo inevitável.

               Mas, nesse ano também tivemos alguns novos membros na família, mesmo que tenham causado uma grande bagunça, foi divertido: sua tia Erica te presenteou com 2 pintinhos. Com a experiência que tivemos na infância, eu e seu pai já estávamos nos preparando para mais duas perdas, dessa vez bem prematuras. Mas as coisas com você sempre são surpreendentes, e os pintinhos “vingaram” e se tornaram duas galinhas bundudas, as quais você batizou de Clara e Gema. As bichas cresceram super rápido e o caos no quintal foi instalado, já que eu tinha dó de prendê-las. Era cocô até no teto, muita sujeira. Sem contar com os sustos no meio da madrugada indo buscar água na cozinha e me deparar com uma – ou duas – galinhas equilibradas na janela no meio da escuridão. Logo percebemos que não tínhamos a estrutura adequada e elas foram levadas para a casa da vovó da tia Erica, onde já tem um galinheiro e um terreno amplo só para elas curtirem. Infelizmente a Clara não resistiu ao ataque de um Teiú, quando foi proteger seus ovos, levou uma chicoteada com o rabo dele e seu biquinho quebrou. Mas a Gema está lá, firme, forte e bunduda, botando seus ovos gigantes.

         Aqui no condomínio que moramos você também teve a oportunidade de conhecer uma amiguinha, a Sophia, neta de uma amiga que mora aqui em frente. Foi uma conexão tão lindinha, vocês mal se conheceram e já se tornaram inseparáveis. A Sophia é uma menina doce, carinhosa e inteligente, e, mesmo sendo 02 anos mais velha, se relaciona com você igualmente, e tem uma paciência incrível com os seus rompantes. Faço muito gosto dessa amizade, gostaria muito que durasse muito tempo! É sempre uma alegria ter com quem contar.



               E ainda no finalzinho desse ano, começamos a notar que andava ficando muito próxima da televisão, reclamando que não estava enxergando direito. Levamos ao oftalmologista e veio a confirmação: miopia. Apesar da questão genética, já que eu e seu pai temos, ficamos assustados com o grau, alto para uma criança da sua idade: 2,25. E também receosos quanto na sua adaptação – eu até hoje sou atrapalhada com meus óculos – mas logo percebemos que você realmente estava precisando, já que não tirava ele do rosto, acordava pedindo e já saia do banho colocando. Sem contar que ficou um charme de óculos!

           E assim seguimos na nossa jornada, logo publicarei nos dias atuais, relatando em tempo real toda essa experiência incrível que é viver com você!

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Amigas desde a gestação

                 Desde que cheguei em Cuiabá, fiz grandes amizades, pessoas incríveis que vão estar para sempre no meu coração. Essa terra é fértil em pessoas alegres, amigas e de coração aberto, não foi à toa que conheci algumas delas.
            Para minha sorte, quando engravidei, cinco dessas amigas também engravidaram no mesmo ano: Juliani, Rosa, Crislayne, Lindamara e Georgia. Nossas experiências desde a gestação eram compartilhadas em um grupo de WhatsApp que vai durar por muitos anos, já que as dúvidas, alegrias e aflições da maternidade vão nos acompanhar enquanto vivermos. É muito bom poder ouvir, ler e trocar experiências com pessoas que estão passando pela mesma situação, aprendi tanta coisa com essas meninas!
            A parte mais legal ainda é que quando você nasceu, no mesmo ano nasceram 5 amiguinhos: Davi, Larissa, Manu, Ana Beatriz e Bento.  Sempre que podemos nos encontramos, algumas com mais frequência, já que conciliar a agenda dessa criançada toda não é moleza não. Mas, quando os encontros acontecem, é sempre regado a muita bagunça e risada das crianças e desabafos e fofocas das mães. Eu sempre imagino como vai ser você daqui a alguns anos – espero que muitos – quando você virá me pedir permissão pra sair com as suas “amigas desde a barriga”. Ainda mais vocês tramando pra tapear seus pais... melhor nem ficar pensando muito nessa parte. E nós mães, já senhoras, quase enlouquecendo de preocupação. Certamente monitorando nossos tesouros pelo WhatsApp – ou qualquer ferramenta eficaz de comunicação que possa vir a ter no futuro...rs
          Essas amigas foram grandes incentivadoras para que esse blog fosse escrito, já que a escrita é algo que gosto e consigo de certa forma me expressar melhor através dela.
         Aproveito para agradecer a vocês meninas, que tantas vezes foram acalento para dias de desespero, trazendo leveza e bom humor para meus dias.
         Quanto as crianças, as personalidades são bem diferentes, mas é bem interessante vê-las juntas: Você e a Ana Beatriz são as elétricas e de personalidade forte, que não sossegam muito em uma única brincadeira, enquanto a Manu e a Larissa são as meninas da paz, que tem uma capacidade de concentração muito maior e se relacionam super bem com qualquer criança. Mas uma coisa com certeza vocês têm em comum: falam pelos cotovelos. Quando se juntam é uma tagarelice até engraçada de ver, uma ansiedade para colocar os assuntos em dia, parecem as mães...rs. O Davi e o Bento você vê menos, acho que os meninos não aguentariam tantas meninas juntas kkk
         Fico muito feliz de saber que, apesar de não ter os parentes aqui próximos, você tem tantos coleguinhas que gostam de você do jeitinho que é e que você também gosta tanto, mesmo sendo tão diferentes. É algo que sempre conversamos: se todo mundo fosse igual ia ser chato demais.

         Um brinde à AMIZADE DE UMA VIDA TODA!







domingo, 6 de setembro de 2020

Ano 3

          Seu terceiro ano chegou com mais novidades: no meio do ano decidimos tirar você da creche e matricular em uma escola que fica perto de casa. Você já estava na faixa etária para o maternal e iria ser bom pra você ter mais estímulos. Sem contar que, com a mudança, a “viagem” pra casa não levaria mais do que 5 minutos.

Chegar no meio do ano foi um desafio, primeiro que, por causa da falta de estrutura da creche você voltou a usar fraldas nesse ano, mesmo tendo largado nas nossas últimas férias. E, para entrar nessa nova escola precisaria estar desfraldada. Foi um desafio de 20 dias, mas você conseguiu mais essa vitória sem sofrimento. Sua adaptação foi impressionante, comia bem, dormia na hora do cochilo, pegou todos os conteúdos rapidinho. Em menos de 15 dias já estava se apresentando para os dia dos pais cantando em inglês, pensa no tanto que ficamos babando! No final desse semestre você já sabia escrever seu próprio nome, conhecia várias outras letras, formas, cores e muitas palavrinhas em inglês. Além disso, começou também nas aulas de natação dentro da própria escola, e rapidamente começou a nadar como uma peixinha. Foi um grande alívio para nós. Pelo menos o assunto escola poderia nos dar um pouco de paz.

Sobre o seu aniversário, sua festinha foi do tema da Turma da Monica, em casa mesmo. Fizemos tudo com muito carinho, mas a correria e a chuva que caiu no dia quase estragaram tudo. Graças a Deus, a chuva deu trégua na hora certa e todos os convidados puderam aproveitar o momento e te parabenizar por mais um ano.

Perto do feriado de 7 de setembro, nesse ano recebemos seus primos Murilo e Miguel, seu Tio Xande e Tia Bi. Foi a primeira vez que seus primos vieram para Mato Grosso, e ficaram muito encantados com as belezas daqui. Fomos passear no Pantanal e aproveitamos muito! Nós gostamos muito de receber as pessoas que amamos em casa, é sempre tão gostoso e uma pena é que o tempo passa sempre rápido demais.

Seus problemas com a garganta, porém, era o que continuava tirando nosso sono. Você emendava um antibiótico com o outro e o pediatra continuava falando: “mãe, é normal, essa fase é onde ela cria os anticorpos”. Mas que mãe aguenta? Dar os seus remédios era um drama sem fim, você se comportava cada vez pior. Mas, apesar disso, seu desenvolvimento continuava perfeitamente normal.

E também foi nesse ano que você conheceu o desenho dos PJ Masks, os heróis de pijama. Engraçado como até os dias atuais você brinca com eles, assiste os desenhos. Acho que essa foi a “modinha” que você mais curtiu. E era muito bonitinho você chamar a sua heroína favorita, a Corujita de “Coujita”.

      Sua música mais tocada na sua playlist nesse ano com certeza foi “Thunder – Imagine Dragons”, que você sempre falava “Pande, pande”. E as palavras mais engraçadas foram “Tombém” e “Condormingo”.

Começar a entrar nos eixos, na casa nova, escola nova, foi de certa forma nos acalmando e aos poucos a paz foi chegando, as preocupações diminuindo. Parece que a tormenta nunca vai passar, mas passa e finalmente podemos curtir nossa vida em família.

 


FALANDO DE SENTIMENTOS

       Desde que passou o seu último aniversário no dia 14/04, senti que você andava meio relutante em ir para a escola: reclamando de acord...